Por Fernando Rodrigues em seu blog
Após a 2ª Guerra, 65 mulheres se tornaram presidente ou primeira-ministra
Com a eleição de Dilma Rousseff (PT), 9 mulheres chegaram ao poder em 2010. Mais: desde a 2ª Guerra Mundial (1939-1945), agora são 65 mulheres a chegar ao cargo de presidente ou primeira-ministra de seus países, segundo estudo do jornalista venezuelano Carlos Subero.
A primeira mulher a atingir o poder foi Sirimavo Bandaranaike, em 1960, no Sri Lanka (ainda chamado Ceilão). Sirimavo, descreveu Subero, era viúva de prestigioso político que foi assassinado. Candidatou-se, fez campanha chorando por todo o país e saiu-se vitoriosa.
A segunda foi Indira Ghandi, na Índia. “Era filha de Jawaharlal Nehru, amigo e braço direito de Mahatma Ghandi”, escreveu Carlos Subero. Depois, Golda Meir, em Israel. “Apesar de ser mais uma ministra do chefe David Ben-Gurion, era chamada por ele de ‘o homem mais forte do meu governo’ ”, destacou o jornalista.
Nos anos 70 foi a vez de Isabel Perón, na Argentina, Elizabeth Domitien, na República Centroafricana, e Margaret Thatcher, no Reino Unido.
Após a eleição de Dilma, as latino-americanas presidentes ou primeiras-ministras são 9. Rosalía Arteaga (Equador), Isabel Perón (Argentina) e Lidia Gueiler (Bolívia), no entanto, não foram eleitas, chegaram ao poder por outros caminhos.
Dessas 9 latino-americanas, 4 foram muito ligadas, antes de seus mandatos, a algum homem mais famoso. “Isabel com o presidente e general Juan Domingo Perón; Violeta Chamorro, viúva do assassinado jornalista Pedro Joaquín Chamorro; Mireya Moscoso era casada com Arnulfo Arias Madrid, que foi 3 vezes presidente da República do Panamá; Cristina Fernández, esposa do presidente argentino Nestor Kirschner; e Laura Chinchilla, filha de quem foi controlador do Panamá durante 15 anos”, publicou o venezuelano.
“O caso mais surpreendente é o de Benazir Bhutto, 2 vezes primeira-ministra do Paquistão. Filha do mandatário Alí Bhutto, que morreu assassinado, foi eleita 2 vezes (1988 e 1993). Nas 2, saiu destituída pelo presidente, acusada de corrupção”. Benazir foi assassinada, em dezembro de 2007, depois de um evento de campanha.
Por continente, “há 24 mandatárias que governaram na Europa; 12 são asiáticas; 11 governaram no Caribe; 9 são latino-americanas; 5 africanas; 3 são da Oceania e nenhuma é norte-americana”.
