O alemão Erich Salomon, filho de ricos banqueiros, era aceito em qualquer circulo da alta sociedade berlinense. Aos 42 anos, ele iniciou sua carreira como fotógrafo profissional.
Tornou-se o "Rei da vida privada", como foi chamado por Aristide Briand, o ministro francês dos Negócios Estrangeiros.
Foto de Erich Salomon. Paris, 1931
Ele entrava nos lugares em que nenhum outro fotógrafo conseguia penetrar. Com a chegada de Hitler ao poder, o fotógrafo exilou-se na Holanda. Ele ficou escondido com a família até ser denunciado por um empregado da companhia de gás que estranhou o consumo anormal para uma casa supostamente vazia.
Ele morreu com a esposa e um de seus filhos quando foi deportado para um campo de concentração na Alemanha. A maioria de seus negativos permaneceu na sua casa em Haia até serem destruídos pelos nazistas.
Na foto acima feita durante um debate político em 1931, do qual os jornalistas tinham sido excluídos, vemos o ministro francês dos Negócios Estrangeiros Aristide Briand apontando para ele e dizendo “Olha aí, o rei dos indiscretos chegou”.

