Segundo o Arautos:
‘Quem quiser ver o Papa tem de pagar' - assim comentam os jornais italianos de 30 de julho sobre a decisão do governo britânico de cobrar o acesso para duas missas presididas pelo pontífice na sua viagem à Inglaterra em setembro.
É a primeira vez que isso acontece nas viagens papais. O porta-voz do Vaticano, Padre Federico Lombardi, ressaltou, entretanto, que a contribuição é voluntária.
O preço do ingresso para a missa será de 25 libras ou 30 euros ou 70 reais, para cobrir o custo dos transportes e outros, mas não da cerimônia em si, informou ontem em nota uma agência católica inglesa, Catholic Heralds. Não são somente os fiéis que irão pagar para a participação, mas os sacerdotes. As cerimônias "a pagamento" serão a vigília de oração no Hyde Park, em Londres, no dia 18 de setembro, e a cerimônia de beatificação do cardeal John Henry Newman em Birmingham, no Cofton Park, no dia 19.
Miran, a charge
Sobre a questão, o porta-voz vaticano e diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, explicou que "quem não concordar em pagar o ingresso, poderá da mesma forma entrar nos eventos".
Segundo o porta-voz da Igreja britânica, arcebispo Peter Smith, "a ideia é que as pessoas que chegarão não são turistas, mas peregrinos e que representarão todos os fiéis. Logo, esses possuirão um ‘passe' do peregrino, que incluirá um CD sobre a viagem, todo o material sanitário e de segurança, um travelcard, o livro de oração "Magnifcat" e um pacote comemorativo. E a ideia é que também esses contribuam com o custo da viagem".
A viagem de Bento XVI à Inglaterra será uma visita de Estado, e não pastoral. O Papa é o segundo pontífice que visita o país, depois de João Paulo II em 1982. O governo é responsável pelo custo das cerimônias estatais e pela segurança.

