quarta-feira, 7 de abril de 2010

Euro: a preferência do crime organizado!

Por Antonio Ribeiro, em seu de Paris

Euro vence o dólar com boa mão do crime organizado
Quando tinha 5 anos de idade, o euro, a moeda européia, tornou-se o meio de pagamento cash favorito do planeta. Ela continua na liderança com suas notas em circulação totalizando 791 bilhões de euros.



O Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, estima que existem 933 bilhões de dólares em circulação no mundo. Como a taxa de câmbio entre as duas moedas está em torno de 1,35 (1 euro = 2,345 reais), a confiança ao euro é amplamente superior. No entanto, a glória européia que representa 36,1% do total em dinheiro cash circulando, tem seu lado sombrio. O euro é também a moeda preferida do crime organizado.

Neste particular, o grande vilão é a nota de 500 euros. Em termos de valor reais e não de face, ela só perde para a nota de 1.000 francos suíços. Os americanos temerosos com a falsificação - e o velho dólar é mais fácil de ser reproduzido - não emitem mais a nota de 500 dolares com o retrato do presidente William McKinley que tornou-se objeto de colecionador.


O valor facial mais alto da verdinha americana em circulação é 100 dólares. Uma pasta do tipo 007 pode conter entre 10.000 e 12.000 notas de 500 euros, o que significa entre 5 e 6 milhões de euros, nenhuma moeda no mundo vale tanto com peso equivalente.

Em 2009, só na Bélgica, 27.415 notas de euros falsas foram retiradas de circulação, um aumento de 30% em relação ao ano anterior - na Europa, foram descobertas 860.000 falsificações. A

s notas de valor elevado representam uma dor de cabeça suplementar para Interpol. Adicione-se que nos últimos três anos as emissões de euros aumentaram duas vezes mais rapidamente que as do dólar. As notas de grande valor facilitam a evasão fiscal e a lavagem de dinheiro.

Uma lei francesa proíbe, por exemplo, que se faça pagamentos superiores a 3.000 euros em dinheiro líquido. Os bancos exigem um aviso prévio de dois dias para retirada cash, sobretudo, quando o cliente pede a quantia em bilhetes de alto valor facial.