XIX - Alter do Chão
Desse lugar posso falar com conhecimento de causa pois tive a oportunidade de conhecê-lo quando morei em Belém nos primeiros anos de 90 e fui a Santarém algumas vezes por força de meu trabalho mas teve uma ida em especial que foi quando, com um grupo de amigos, passei os feriados de uma Semana Santa na região.
Um segredinho: fiquei hospedado no Hotel Hilton de Santarém. Na suíte presidencial! E o melhor, clandestino. E o então governador paraense também chegou lá nessa época. E claro, queria a suíte presidencial. E, bravamente, não cedemos! Inclusive eu, o clandestino. Se não me engano era o desqualificado do Jáder Barbalho - foi a glória!
Era época de vazante, as praias estavam todas lá. Alugamos uma escuna, navegamos pelos rios, fazíamos fogueira nas praias para assar os peixes que pescávamos...
Resumindo e parodiando uma coluna desse blog - Eu era feliz e já sabia!
Mas devido 'as dificuldades de acesso e pelo sobe e desce das águas provocadas pela natureza acredito que em dois pontos não tenha mudado muito - na beleza e na luta do morador local.
Um segredinho: fiquei hospedado no Hotel Hilton de Santarém. Na suíte presidencial! E o melhor, clandestino. E o então governador paraense também chegou lá nessa época. E claro, queria a suíte presidencial. E, bravamente, não cedemos! Inclusive eu, o clandestino. Se não me engano era o desqualificado do Jáder Barbalho - foi a glória!
Era época de vazante, as praias estavam todas lá. Alugamos uma escuna, navegamos pelos rios, fazíamos fogueira nas praias para assar os peixes que pescávamos...
Resumindo e parodiando uma coluna desse blog - Eu era feliz e já sabia!
Mas devido 'as dificuldades de acesso e pelo sobe e desce das águas provocadas pela natureza acredito que em dois pontos não tenha mudado muito - na beleza e na luta do morador local.
Afinal é distante de Santarém cerca de 30 km. É pouco? Só que o acesso a Santarém, partindo de Belém, a capital do Estado, é não menos que 1.500 km e o acesso da capital para Santarém só é possível por via aérea (1 hora de avião de grande porte) ou via fluvial (mais de 50 horas, isso mesmo, mais de 2 dias). Aliás, Santarém fica a meio caminho entre Belém/PA e Manaus/AM.
E tem mais um detalhe, na época de março a agosto quando as águas dos rios sobem, as praias ficam submersas. E aí, os pequenos comerciantes que sobrevivem do turismo se obrigam a recolher suas mesas e cadeiras de bares e barraquinhas de artesanatos e esperam, esperam, esperam alguns meses o retorno da vazante das águas.
Ou seja, a natureza lhes dá férias coletivas.
Ou seja, a natureza lhes dá férias coletivas.
Praia Ilha do Amor, em julho 2009
Então já viu, né? só quem chega lá é quem sabe que existe, sabe quando pode ir e sabe onde fica o paraíso na Terra.
O brasileiro é que não conhece seu país pois o maior número dos visitantes vem do exterior principalmente da Europa, como os nada bobos ingleses que a conhecem tão bem que no ano passado a elegeram, segundo o jornal ingles The Guardian, como a praia mais bela do Brasil (link).
Bem, deixemos minhas impressões de lado e falemos um pouco da vila Alter-do- Chão.
A vila de Alter do Chão fica, por estrada pavimentada (PA-457), a 32 km de Santarém na região central do Estado do Pará. O acesso por via fluvial leva cerca de 3 horas, através do rio Tapajós.
Foi colonizada pelos portugueses e elevada a categoria de vila em 06 de março de 1758. Seu nome é uma homenagem a uma vila homônima na região do Alentejo, em Portugal.
Alter do Chão é a mais procurada da região e parada obrigatória na rota de cruzeiros estrangeiros. A vila é banhada pelo rio Tapajós que é formado por águas claras e areia fina nas margens, compondo paisagens belíssimas.
Quando as águas do rio baixam surge uma faixa de terra no rio, formando uma barra, que os santarenos chamam de ilha.
Nesta "ilha" montam-se vários bares para servir os turistas, que atravessam o rio por meio de pequenas canoas, conhecidas por catraias. O nascer e o pôr-do-sol são magníficos espetáculos da natureza em Alter do Chão'.
Uma das curiosidades do lugar é o encontro dos rios Tapajós e Amazonas, que não se misturam. De um lado, as águas azul-esverdeadas do Tapajós e, de outro, as águas barrentas do Amazonas. O espetáculo pode ser visto logo na entrada da cidade. Outro atrativo é o lago verde, cujas águas mudam de cor durante o dia, de azul para verde.
Conhecida também como “Caribe Amazônico”, em setembro e pelo período de 5 dias Alter do Chão será palco da maior manifestação folclórica da região, o Sairé ou Çairé, criado pelos índios como forma de homenagear os portugueses ou segundo outra versão, pelos padres jesuítas em sua missão de catequese - o certo é que atrai turistas do mundo todo.
Então se algum pilordiano quiser conhecer um lugar realmente belo neste país e que não se corrompeu de todo devido, talvez, 'as dificuldades de acesso, sugiro Alter do Chão.


















