Um poeta, José Andrade Costa - um querido amigo, que não mais faz parte de nosso convívio. Hoje, 12 de novembro, estaríamos celebrando, arrodeados de amigos numa mesa do Guadalupe, a nossa "visgueira", com muitas cervejas e acarajés.
Portanto, hoje em seu dia, nada melhor que uma sua poesia:
Faço-te minha
José Andrade Costa
José Andrade Costa
Dobro teu corpo
Num arco que se alcança
Em pé, faço-me corda tesa
E flecho minha lança.
Mais mulher e fêmea,
Essa bunda que se refrega
Em tácita submissão,
No meu sexo se entrega.
Um animal que pede posse
Que te penetra e arquiteta
Para ardor em tua carne
Depois, em calma, se aquieta.

