Zé Cavalcanti, ex-deputado paraibano, conta em seu livro "A Política e os Políticos", que um coronel do sertão, ao passar o comando de seus domínios para o filho, aconselhou :
- Meu rapaz, se queres ser bem sucedido na política, cultiva estas duas verdades : a sinceridade e a sagacidade.
- O que é sinceridade, meu pai ?
- É manter a palavra empenhada, custe o que custar.
- E o que é sagacidade ?
- É nunca empenhar a palavra, custe o que custar.
Quem conta é Gaudêncio Torquato, em seu Porandubas Políticas. E leia o que ele fala sobre esse nosso Brasil:
Os(as) repórteres medem a irritação da ministra Dilma Rousseff, quando ela começa a responder assim a uma questão complicada : "olha aqui, minha filha; olha aqui, meu filho". A expressão é arrogante. Como jornalista gosta de casca de banana, a inferência é que virão por aí muitos escorregões.
O ministro José Temporão argumenta que não quer se caracterizar como ministro com marca. No fundo, gostaria que fosse conhecido por muitas coisas que diz ter feito. Agora, sem marca e sem remédio genérico (que fez a marca de José Serra como ministro da Saúde), Temporão poderá atravessar a história como um borrão.
Eike Batista não teve dúvidas. Perguntou a Madonna quanto ela precisava para tocar sua ONG. A diva mostrou a conta : US$ 10 milhões. O mega-empresário perguntou : "arrumou quanto ?". Ela : "US$ 3 milhões." O barão do petróleo que, até, hoje não puxou uma gota de óleo, tirou o talão e tascou : "US$ 7 milhões para sua ONG". E as ONGs brasileiras não mereceriam um chequinho ? Dona Zilda Arns, digna e séria, até que gostaria de um "adjutório" para suas crianças.