terça-feira, 15 de setembro de 2009

Turistas em baixa na Holanda.

Incomodados com o turismo da maconha. E, ainda, com o fato de os belgas, alemães e franceses estarem a atravessar as fronteiras para se abastecerem de cannabis sativa, os holandeses conservadores conseguiram uma vitória no Conselho de Ministros.
Isto por força da coalizão governamental entre católicos e centristas. A partir da próxima primavera, ou seja, no início de 2010, para consumir maconha em coffee shop holandês o freguês vai ter de mostrar a carteira de residente: membership. Assim, o turista não poderá comprar maconha num coffee shop.



Os trabalhistas conseguiram manter a política voltada para distanciar os usuários de drogas leves dos traficantes. Em outras palavras, os cafés continuarão a poder vender maconha, pois a restrição será apenas para os não residentes na Holanda.
Mais, em casa, cada holandês poderá continuar a ter plantados, em vasos, até cinco pés de maconha, para uso medicinal. A política liberal holandesa permitiu a venda, por noite, de até meio quilo de maconha em cafés, para consumo no próprio local.
O primeiro coffee shop autorizado a vender maconha, sempre para maiores de idade, foi o Sarasani, na cidade de Utrecht. O famoso café Sarasani, na universitária Utrecht, vende maconha aos seus clientes desde 28 de novembro de 1968, ou seja, há mais de 40 anos.


Agora, falando do que "interessa" - o money, a preocupação maior dos governantes, principalmente dos prefeitos de cidades de fronteira ou próxima dela, é com a queda de arrecadação.
Nas grandes cidades, em especial na capital Amsterdã e em Maastricht (onde nasceu a Comunidade Europeia), a proibição de compra de maconha por turistas deverá afetar profundamente o “PIB”.

Dizem os holandeses liberais que a proibição será esquecida, tão logo os conservadores sentirem os efeitos dessa medida restritiva na economia e no próprio bolso. Ou seja, quando a arrecadação baixar, os princípios serão mandados para escanteio. Ces la vie.

sem fronteiras