quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Hoje é Dia de Poesia!



Passarinho de Forquilha
Habitava numa forquilha
Um bicho preto papudo,
Meu amigo o bicho é mudo,
E parece que tem magia;
Tem a boca vertical,
Bem no meio um sinal
É um pouco saliente
Tem catinga permanente
E perfume individual
Um tatu, sei que não é
Pois o bicho é cabeludo
Se come com pelo e tudo
Não se come de colher
Dá até pra se chupar
Não é peixe nem verdura
Mas se conserva a altura
De homem baixo alcançar
É assim como uma lesma
Visga e cheira a bacalhau
Se alimenta de mingau
Engorda e fica sebento
É abrigado ao relento
Vive sempre resfriado
Mas sendo higienizado
Fede menos mas não cheira
Faz a barba e tem coceira
E dá prejuízo ao barbado
Tem cara oferecida
Hospeda e não dá dormida
Comeu vá se retirando
Entra enxuto e sai pingando
Quem nele encontrar guarida

[Autor desconhecido]

Futuquei lá nos arquivos do Sertão do Fiofó do Mundo