
Direto da coluna de Carlos Brickmann
Abaixo os Ianques, Viva a Rússia
O presidente Lula está reclamando do acordo militar entre Colômbia e Estados Unidos. Parece temer uma corrida armamentista na América Latina.
O presidente Lula não reclamou nada, nadinha, quando a Venezuela, que já deslocou tropas para a fronteira da Colômbia, que já ameaçou intervir militarmente em disputas internas na Bolívia, fez um gigantesco acordo militar com a Rússia, comprando 36 moderníssimos caças supersônicos Sukhoi, cem mil fuzis Kalashnikov e cinco submarinos.
Parece que, para a diplomacia brasileira, a aquisição de alguns bilhões de dólares de armas e munições pela Venezuela não provoca nenhum risco de corrida armamentista na América Latina.
Nas conversas sobre o acordo militar entre Estados Unidos e Colômbia, Lula disse que enviou carta ao presidente Barack Obama em que criticou a reativação da 4ª Frota americana, destinada a operar no Atlântico Sul.
Lula não fez críticas, em nenhum momento, às grandes manobras conjuntas de navios de guerra da Rússia e da Venezuela, também no Oceano Atlântico.
Um detalhe curioso é que as manobras conjuntas russo-venezuelanas foram reais. Já a 4ª Frota americana é virtual: até hoje, é apenas um escritório, uma estrutura meramente burocrática, sem qualquer navio, sem tropas.
Graças a essa estrutura burocrática, a 4ª Frota pode ser montada rapidamente, com a transferência de barcos, armamentos e homens de outras regiões, mas isso nunca foi feito.
Ou seja: para o Brasil, Rússia e Venezuela podem. EUA e Colômbia, não.
* é o que se pode esperar da diplomacia de Marcos "top top " Garcia e Celso Amorim...