Editorial do Estadão.
As críticas ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, que Milton Zuanazzi fez ao deixar a presidência da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) pareciam carregadas de ressentimento. Desde que assumira o Ministério, Jobim insinuava que Zuanazzi não tinha qualificações técnicas para o cargo e o pressionava publicamente para deixá-lo. Quando, enfim, saiu da Anac, em novembro de 2007, Zuanazzi acusou o ministro de promover "meras ações midiáticas" e de ser autor de "manifestações despreparadas" e de "discursos sem qualquer conteúdo técnico". Essas críticas soaram como um revide do ex-presidente da Anac a quem tanto o pressionara. Hoje se pode pensar que talvez Zuanazzi não estivesse tão longe da verdade. Das muitas medidas que Jobim anunciou e chegou a colocar em prática para melhorar as condições de operação do Aeroporto de Congonhas, com o objetivo de combater o caos aéreo e aumentar a segurança dos voos, a maioria tinha sido revogada pouco mais de meio ano depois. Das promessas que fez para melhorar o setor aéreo, praticamente nenhuma saiu do papel, como mostrou um balanço publicado quinta-feira pelo jornal Valor.
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