quinta-feira, 27 de novembro de 2008

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Por Carlos Brickmann, em seu site
1 – A Assembléia Legislativa de Brasília (que, na verdade, é uma Câmara de Vereadores com outro nome) elevou a verba de gabinete dos nobres parlamentares para R$ 99.800,00 mensais. É para pagar assessores, sabe? Suas Excelências precisam!
E Brasília, como capital, pode gastar mais, imagina-se, do que qualquer outra assembléia do país – aliás, nenhuma é conhecida por ser econômica.
2 – Quem representará a Câmara Federal na posse de Barack Obama? Já foi decidido: uma delegação de deputados negros. É difícil imaginar um caso tão explícito de racismo: só se leva em conta, em Obama, a cor da pele.
Mas esta é uma tradição brasileira. No Governo de Jânio Quadros, há quase 50 anos, o Brasil escolheu um negro para adido cultural na Nigéria: o bicampeão olímpico de salto triplo, Ademar Ferreira da Silva. Uma pessoa magnífica, um atleta exemplar, mas que nada tinha a ver com a área cultural e diplomática.
3 – Sabe essa estranhíssima fusão da Brasil Telecom com a Oi, sacramentada com apoio do Governo, embora sendo ilegal, e que, fechado o negócio, virou legal, já que a lei foi modificada pelo presidente Lula? Pois é: o valor total da fusão oscila em torno de 13 bilhões de reais.
O Governo brasileiro, que não participa diretamente da sociedade nem vai participar de seus eventuais lucros, é o principal financiador dos gastos necessários para formá-la: dos R$ 13 bilhões, quase R$ 7 bilhões saem do BNDES e Banco do Brasil, a prazos e juros camaradas. Eles mandam, eles ganham, eles enriquecem. E a gente participa pagando.