quinta-feira, 23 de outubro de 2008

E dá-lhe Gabeira!

Por Augusto Nunes.

O Rio resgatou o direito de sonharJosé Dirceu de Oliveira sempre foi chegado a um disfarce. Ora com o nome que aparece na certidão de nascimento, ora rebatizado de Carlos Henrique Gouveia de Mello, às vezes com o codinome Daniel, outras camuflado pelo apelido de Pedro Caroço, já se disfarçou de estudante revolucionário, melhor aluno do cursinho de guerrilha, guerrilheiro diplomado, negociante de gado, migrante mineiro querendo subir na vida no interior do Paraná, noivo apaixonado, marido amantíssimo, dono de loja de artigos masculinos, pai extremoso, freqüentador do botequim da esquina e consultor de empresas.
Como nem um Marlon Brando teria conseguido alterá-lo se também fosse mineiro de Passa Quatro, o sotaque sempre foi o mesmo. Mas a cara foi modificada por cirurgias plásticas e a cabeça repovoada por fios implantados. O nariz foi adunco e foi aquilino, já sobrou o cabelo que agora falta. Dirceu sempre caprichou na interpretação. E anda cada vez mais inventivo, soube-se domingo passado. Para embarcar na candidatura de Eduardo Paes, disfarçou-se de carta à redação e expropriou meia página da edição do JB . Ali entrincheirado, reiterou que o espetáculo da deselegância que esgotou a paciência de Fernando Gabeira só existiu na imaginação do deputado.
Nem todos os que estão com Eduardo Paes são o que há de pior na política do Rio. Mas tudo o que há de pior na política do Rio está com Eduardo Paes. E também o que há de pior em outros Estados, avisa a adesão de Dirceu.
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