segunda-feira, 11 de agosto de 2008

A frase está morrendo?

por Carlos Drummond - para o TerraMagazine


Morte da frase afeta justiça e negócios
A degradação da língua, intensificada com a queda da qualidade do ensino e o crescimento da comunicação cifrada por meio do computador e dos telefones celulares, já provoca prejuízos em diferentes esferas de atividade. Em São Paulo, juízes reclamam da impossibilidade de compreender algumas petições e iniciais com textos confusos e desconexos.


A correspondência eletrônica entre empresas não raro requer mensagens adicionais para esclarecimento do conteúdo, tamanha a desorganização da redação dos e-mails. Mesmo em centros com grande concentração de população universitária e de pesquisa científica, a parcela plenamente alfabetizada beira apenas um terço da população. Os jornais, que deveriam funcionar como muralhas de defesa da língua, apresentam não só erros de português como lacunas de construção de períodos e de títulos que dificultam a compreensão, quando não conferem um outro sentido ao que supostamente se pretende dizer.


A sentença, como unidade básica, deve conter a mesma qualidade indispensável a todo e qualquer texto: ter começo, meio e fim. Sem sujeito, não há heróis nem vilões. Sem verbo, não há ação, sem objeto, nada se move, muda, é destruído ou criado, ilustra Billington.


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