A CBF tirou o time de campo, e a Série C do Campeonato Brasileiro, que começa neste domingo com 31 partidas, será um desafio econômico nunca visto antes no seu atual formato.
Ao contrário do que fazia até o ano passado, quando bancava passagens e estadia de 31 participantes (um clube de cada unidade da federação e mais os quatro rebaixados da Série B), a CBF agora não vai investir um centavo na competição, que a partir do próximo ano, com a criação da Série D, terá apenas 20 clubes inscritos.
Sem o dinheiro da confederação, Rondônia não teve nenhum clube interessado em disputar a terceira divisão, que assim deixa de ser uma competição com clubes de todos os Estados brasileiros.
A maioria dos clubes nortistas terá obrigatoriamente que fazer deslocamentos aéreos para jogar, fazendo com que o custo de cada viagem supere os R$ 20 mil, o que é muito dinheiro para uma competição em que a renda média por jogo no ano passado na primeira fase ficou em cerca de R$ 10 mil. E o campeonato novamente será longo. Para atingir o título, a maioria esmagadora dos clubes terá que fazer 32 partidas. Essa fórmula inchada, com uma fase final que tem oito clubes jogando em turno e returno, foi criada para evitar que grandes que já jogaram a terceira divisão, como o Bahia, fossem eliminados em mata-matas, como acontecia antes. A edição que começa será a mais importante do torneio até hoje. Isso porque, além das quatro vagas que o torneio oferece para a segunda divisão em 2009, serão definidos 16 participantes para a própria Série C do próximo ano, já que os critérios de classificação por Estado não vão existir mais.
