Por André Carvalho
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Na Bahia, danação é coisa de parte do demônio, de satanás, do diabo! A danação fica por aí rondando, pronta para atazanar a vida do ser vivente toda vez que aparece uma porta, uma brecha, uma janelinha que seja. Qualquer reinação, qualquer trapalhada e a danação incorpora no ar, que de puro passa a ocre e a intragável, levando a maldição do demo pelos quatro cantos do mundo. Países há, como este nosso, em que o demônio se sente muito à vontade para entabular grandes projetos e excomungar reputações. Se Deus é brasileiro, o escritório do cão é por aqui!
Digo assim, porque “tava” quieto, no descanso, no sossego, com a cervejinha em uma mão e o controle remoto na outra, sem nem vontade de por a bexiga pra trabalhar, que dirá escrever sem adjutório e me deixando evangelizar pelo Paulo Henrique Amorim da TV Record, quando do nada, nadinha nada, o belzebu deu as caras.
Desta vez o danado veio multiforme e pelos caminhos do noticiário: veio de macho e de fêmea, veio de Lula e de Marta e me arrancou do marasmo pra esta tentação de escrevinhador.
Rrrreis! Arré-égua!
Arrenegado, sento pra comentar, por linhas tortas e porcas, as estripulias desses fazedores de entreveros.
Atarantado como uma mula-manca, o presidente, que não manca, mas padece de falta de inteireza nos membros superiores, disse que se lhe der na telha ou nas ventas, pode fazer um “PACÃO” para mudar de vez este país. Parece que o “lobby” do tinhoso funcionou. Deus até duvida, mas “PACÃO” de muitos bilhões de dólares, em época de campanha, é obra dos diabos. Quem sabe desviar o rio Amazonas para refazer as Sete Quedas? Quem sabe aterrar o rio Araguaia para apagar certas lembranças da mamãe dos PACs?
Sempre desconfiei do Lula, com aquelas orelhas pontiagudas, os caninos à mostra, a voz áspera, olhos esgazeados, cabelos eriçados e o nariz mofento. Sei não, mas acredito que o cara tem parte com o demo, só não sei qual parte ou quantas partes!
Outra coisa que me deixa encapetado, sem eira nem beira, é a questão do tridente, que o demônio sempre carrega pra tudo quanto é canto. Nosso “presidemo” também carrega pra cima e pra baixo, um tridente botocudo, porém recauchutado, que não fala nada já que tridente é inanimado, mas que “espeta” até aguaceiro de pingo torto.
Mudando de capeta pra coisa-à-toa, dona Marta, mais atentada que um cão de “calçolão” se recusou a entregar para revista, a maldita nécessaire Vuitton que carrega em suas azucrinadas viagens a trabalho. O carocho acabou por despertar a ira do comandante do vôo, que, parecendo um exu malvado, devolveu dona Marta para a sala de embarque, emporcalhando a soberania nacional, já tão aviltada, segundo nossos nacionalistas, pelos endiabrados espanhóis e irlandeses de plantão nos aeroportos do mundo.
Se eu fosse o “efeagacê”, tratava de arrepiar o tinhoso com reza braba, porque nos cafundó do palácio, estão espetando, com ponta rombuda, um boneco branco de “sosologo” e fazendo banco de dados de enforcamento, pra mal maior dos injuriantes não aparecer tão cedo. Chantagem também é coisa do dianho.
Eu, W. Bush, fazia “credeuspadre três vês” com bate folha de cansanção, pra espantar essa tranqueira de papai sul-americano.
Reixe!!
*André Carvalho não é jornalista, é "apenas" um cidadão que observa as coisas do dia-a-dia. Um free lancer. Ou segundo sua própria definição: um escrevinhador. Seus sempre saborosos textos circulam pela web via e-mails.
