quinta-feira, 24 de abril de 2008

Opinião de ...



Opinião de Rodrigo Constantino
em seu
Imposto da Solidariedade








O PT voltou a insistir no imposto sobre fortunas. O partido apresentou uma proposta para a criação da contribuição social sobre as grandes fortunas, com três alíquotas diferentes, incidindo em patrimônios a partir de R$ 10,9 milhões.
O líder do PT na Câmara, deputado Maurício Rands (PE), explicou: "É um tributo de solidariedade". Para ele, a "contribuição" terá um valor pedagógico. O objetivo é reduzir a desigualdade social.
Em primeiro lugar, o deputado deveria lembrar que a maior renda per capita do país está justamente em Brasília. Ou seja, em nome do combate à desigualdade social, o governo é o maior concentrador de renda que existe. E da pior forma possível, pois não é através da livre concorrência no mercado, onde somente quem gera valor aos consumidores consegue ficar rico, e sim metendo a mão na marra no dinheiro dos cidadãos e dando para os "amigos do rei".
Essa mentalidade parte da premissa de que riqueza é algo estático, e que basta tirar dos ricos para resolver o problema da pobreza. Roberto Campos explicou: "Os socialistas, e em especial os marxistas, sempre pensaram que existia um estado natural de abundância; nada mais simples, portanto, que a economia de Robin Hood: tirar dos ricos para dar aos pobres". O resultado é a proliferação da miséria.
Em segundo lugar, o deputado petista ignora uma máxima moral inegável: solidariedade é um ato voluntário!
Solidariedade não pode ser imposta. Não é possível dissociar solidariedade de escolha individual. Sob a mira de uma arma não há atos solidários ou morais. A postura "altruísta" do deputado pode ser bem resumida pela frase de um conhecido meu: "O coletivismo é um coletivo de egoístas que exigem o altruísmo alheio em próprio benefício".
Pregar a solidariedade com o sacrifício alheio é fácil. Bancar o altruísta com o dinheiro dos outros é fácil. Mas é também imoral, além de mascarar a pura inveja.