quarta-feira, 9 de abril de 2008

A TOCHA VAI, MAO...

Por Antonio Luís Almada

A TOCHA VAI, MAO...
Orquestrado ou não pela reacionária direita espalhada pelo underground do fascismo mundial, o movimento de boicote à tocha olímpica faz bem à saúde de qualquer democrata que se sinta em comporomisso com o futuro sócio-político do planeta.
Não que esperemos que o clamor das ruas vá sensibilizar, de imediato, os inflexíveis herdeiros da grande marcha, mas é um recado claro: os direitos individuais serão condição fundamental para uma provável unificação dos países em torno de um possível sistema único de paz e desenvolvimento em futuro que certamente virá.
A China abre as portas ao capitalismo mas as mantém fechadas às liberdades democráticas, exercendo ainda a ditadura selvagem de Stalin em casos específicos, como os de dissidentes políticos.
Ontem (8), o governo chinês apertou o cerco à presença de estrangeiros no país, mesmo às vésperas das Olimpíadas, demonstrando que, mais que estádios lotados, o importante para Pequim será a transmissão, via tevê, para os milhões de telespectadores em todo o mundo.
E não me venham com a história de que o problema é o Timor Leste. Por que também não seria a Chechênia, Kosovo, e nunca o foram Belfast, Falklands, e tantos outros torrões cuja existência nunca interessou aos EUA e "aliados"? O movimento, como já aconteceu na China e em Paris, se não desestabiliza pelo menos toca o regime chinês e o expõe à crítica mundial. É por isso que a tocha agora só anda escondidinha, vez por outra apagada para evitar indelicados portadores de extintores de incêndio.

TAMBÉM QUERO - Já há quem esteja dizendo que trabalhar no Pasquim, na época "quente", não era um exercício de jornalismo mas um investimento futuro. Isso para Jaguar e Ziraldo, que vão receber seus milhões e suas pensões vitalícias, como "prejudicados" pelo golpe de 64.
Certo, logo eles, mas por que não também os outros? O Presidente Lula, por exemplo, que pouco ou quase nada trabalhou na vida, também levou o seu, alegando que passara uma manhã nas dependências da Polícia Federal. Quer imoralidade maior? Vou rever meu passado minuciosamente, procurar uma brechinha...

VIVA STONE - Vem aí W, o mais novo filme do genial Oliver Stone. Sabem W de quem? Isso mesmo, de George Bush júnior. Aí, perguntaram-lhe qual o recado de seu filme, a premissa na qual se baseou para produzi-lo, e ele respondeu: "È justamente o fato de como um bêbado vagabundo veio a se tornar o homem mais poderoso do mundo".