segunda-feira, 31 de março de 2008

Hugo Chávez: Rato de Disney.

Mais um texto brilhante de Josias de Souza, em seu Bastidores do Poder
Hugo Chávez, como se sabe, é um ator nato. Sua mãe não o trouxe à luz. Ela o estreou. (e não é baiano, ainda bem) Faz, desde a primeira mamada, o tipo canastrão.


Hoje, o papel que mais o apraz é o de algoz do império. Na pele de inimigo de Bush, Chávez se supera. Escala as cortinas do palco. Pendura-se no lustre. Come o cenário.
Pois bem. De passagem pelo Recife (PE), Chávez teve de dividir a cena com Lula, que o chamou de “grande pacificador”. Noves fora o epíteto incompatível com a verdadeira vocação dramática do visitante, chamou especial atenção o par de orifícios que servia de pano de fundo para Chávez.
Buracos de um sistema de ar-condicionado por instalar. Por mero capricho teatral, Chávez postou o oco que lhe serve de cabeça bem no meio dos dois buracos. Do modo como foram captados pelas lentes do repórter Lula Marques, da Folha de SP, os orifícios fizeram as vezes de orelhas de Mickey Mouse.

Por um instante, Chávez confraternizou com seu maior inimigo. Converteu-se, no Brasil, no camundongo mais célebre do planeta. Virou rato de Disney.