domingo, 28 de outubro de 2012

ACM Neto, eleito Prefeito de Salvador!

Caros Pilordianos, na verdade, o texto abaixo foi escrito por DECO DUARTE, Prof. de Português do Colégio Gregor Mendel, e para isso peço desculpas.
 
 

  "Pois bem, aí está.
 O martelo foi batido,
e ACM Neto é o novo prefeito de Salvador. 


Após uma campanha em que só faltou Deus dar as caras em Salvador, pois os semideuses Lula e Dilma aqui vieram, após uma campanha em que todos os candidatos derrotados para prefeito — Marinho, Kertész e Da Luz — apoiaram Pelegrino, o PT sai derrotado. Estranho, não  ? Seria Salvador um caso patológico?

É uma derrota histórica. Se em São Paulo, a criação de Lula (Haddad) foi a superação de José Serra e uma velha política (?), o que foi então ACM Neto em relação a Pelegrino? A mesma coisa? Acho que não. Foi o desejo masoquista de Salvador em retroceder aos tempos de ACM avô, de ditadura e truculência? Improvável. Foi a ilusão de que o DEM é o partido da honestidade e da reputação imaculada? Óbvio...que não também.

Salvador rejeitou a prepotência do PT, a empáfia de um ex-presidente que se acha no direito de dizer em quem devemos votar, num populismo descarado. Salvador reprovou a falta de compostura de uma presidente que se mete em campanhas e esquece que governa para o Brasil e não para um partido.

Salvador disse não a um partido que se corrompeu e perdeu a sua ideologia. A cidade rejeitou a chantagem de que as verbas só virão se for feita uma parceria com o Governo Federal e o Estadual. E eu disse não a um partido que cria no país um clima de rivalidade entre brancos e negros, pobres e ricos, entre bairros nobres e bairros pobres. Ou como me disse uma militante na hora da votação: “A favela é 13, e o branquelo é 25”.

Pois aí está. Quase 100 mil votos de diferença. Não foi muito, mas foi. Não adianta agora amaldiçoar a cidade nos próximos quatro anos. É hora de repensar. Que os militantes do PT reflitam sobre os métodos que usam para se manter no poder; que o PT reveja suas políticas populistas e a manipulação sobre as massas; que o PT não use o ódio social e racial como bandeira para angariar votos junto aos mais humildes.

E que ACM consiga fazer um bom governo, não pelo bem de Salvador apenas, mas pelo
bem do Brasil, porque um país sem oposição é uma país que caminha para uma ditadura."

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Punição no mensalão

Por André Carvalho (*)
em 08 de outubro de 2012

 
 
PEGA O AEROLULA EMPRESTADO
O cenário que vem sendo desenhado pelo Supremo Tribunal afigura-se, a cada dia, mais sombrio para os réus do processo conhecido por mensalão. Figuras influentes já foram condenadas e, ao que tudo indica, outras ainda serão. Existe a suspeita de que os mequetrefes abandonados pela cúpula petista abrirão o bico – como já ensaiou o Marcos Valério – causando um estrago jamais visto em nossa conturbada história republicana.

Parte considerável da sociedade quer a prisão dos condenados o que não é tão simples de acontecer, posto que as dificuldades são enormes, a começar pela seguinte questão: em qual dependência carcerária os ilustres condenados passarão seus aninhos de reclusão? As cadeias brasileiras estão abarrotadas e arrebentadas e não vejo ninguém com coragem suficiente de mandar essa turma importante para alguma delas. Digamos até que isolem e reformem uma das alas de um presídio de segurança mínima e lá hospedem todos eles. Mesmo assim, outros entraves logísticos ocorrerão.

Não sei como atuarão os carcereiros frente a essa horda de detentos notáveis. É impossível fazer de conta que ali estão bandidos comuns e chamá-los por seus números de registro prisional, digamos; 13.121; 15.171; 22.157 ou chamá-los genericamente por elemento ou por indivíduo. Os carcereiros terão que ser treinados urgentemente o que me causa um frio na espinha. Será que vão contratar, para ministrar os treinamentos, uma daquelas ong’s ligadas ao PT e habilidosas no trato dos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador? Assim, vai faltar cadeia!!!

Penso também não ser recomendável o uso do vossa excelência para que a gang não pegue moral e queira dar ordens quando deveria cumpri-las. Aliás, esta é outra preocupação que me aflige: se toda a quadrilha – o relator garante que ela existe – ficar reunida numa mesma cadeia não vai dar certo! Juntos, e com o dia livre para conspirar, vai acontecer o mesmo que já ocorre em outros presídios, onde “marcolas” e “beiramares” comandam as nossas vidas aqui fora. Atente para o fato de que a hora regulamentar do banho de sol jamais será individual, pois teremos mais condenados do que horas diárias de brilho solar.

Muitas são as dúvidas. Por exemplo: quando a Ministra Ideli Salvatti ou a Presidente Dilma forem visitar seus companheiros de partido e de governo quem vai proceder as revistas? Será que Lula, numa visitinha rápida, sentirá o pavor consciencioso de quem merecia o mesmo destino? E o Demóstenes, hein? Haverá um psicólogo de plantão para amenizar tais constrangimentos?

O Brasil não tem maturidade para enfrentar situações tão constrangedoras como estas, daí a ideia de firmarmos um pacto, ao término do julgamento, como é costume nos grandes impasses da humanidade. Para a circunstância proponho o “Pacto de São Bernardo”.
Nada a ver com o berço do sindicalismo pós-moderno ou com o domicílio do chefão, e sim com São Bernardo, o Santo, reconhecido como um conciliador de maior grandeza. Façamos o seguinte: numa madrugada de domingo, a Presidente Dilma libera o Aerolula, reúne toda a cambada e os embarca com destino a Cuba desde que assinem duas cláusulas compensatórias, pois, como se sabe, pacto é sempre bilateral! A primeira delas estabelece que jamais voltem ao Brasil e a segunda exige que devolvam a tripulação e o avião após o desembarque.

Pensando bem, há um grave problema aí. Quarenta novas bocas causarão o desabastecimento da sofrida população cubana. Não há como alimentar um batalhão de gente acostumada a comer do bom e do melhor. A saída é dividir a quadrilha entre Venezuela, Bolívia e Cuba tomando o cuidado de mandar Roberto Jefferson, o delator do esquema, e o boquirroto Marcos Valério, de canoa, para o centro-oeste do Sudão. Como o sol por lá é muito forte, o pacto fornecerá bonés para proteger os incongruentes neurônios do primeiro e a lustrosa careca do segundo.

Se, como dizem, “quem dá aos pobres empresta a Deus”, creio que nossos irmãos bolivarianos e “guevaristas” deveriam ser recompensados por tamanha hospitalidade com a quitação dos milhões de dólares que receberam do BNDES, por empréstimo, nos dez anos de governos petistas.

Se, como dizem, “é melhor prevenir do que remediar”, admito que uma mente desconfiada ou abusiva imagine que tais empréstimos eram, na verdade, vigorosas poupanças previdenciárias caso o esquemão caísse, como tudo indica, cairá. 

(*) André Carvalho não é jornalista, é "apenas" um cidadão que observa as coisas do dia-a-dia. Um free lancer. Ou segundo sua própria definição: um escrevinhador. Seus sempre saborosos textos circulam pela web via e-mails.

sábado, 20 de outubro de 2012

A água e o planeta Terra

O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) criou esta visualização incrível: uma imagem que dá uma ideia perfeita de como há pouca água no planeta Terra, comparado aos materiais sólidos que formam seu volume.

A imagem mostra o tamanho de uma esfera que conteria toda a água da Terra, em comparação com o tamanho do planeta. Repare que estamos falando de volume, não de superfície: cerca de 70% da superfície terrestre está coberta por água, mas o volume de água em relação ao volume da Terra é irrisório.

 
A esfera azul em cima dos EUA tem um diâmetro de aproximadamente 1.385 km, com um volume de 1.386.000.000 km³. A esfera inclui toda a água dos oceanos, mares, geleiras, lagos e rios, além das águas subterrâneas, água atmosférica (no ar), e até mesmo a água dentro de você, do seu animal de estimação e dos tomates na sua geladeira.
 
Eis alguns números do USGS:

- O volume de toda a água seria de aproximadamente 1,386 bilhão de quilômetros cúbicos (km³). Um quilômetro cúbico de água equivale a cerca de um trilhão de litros d’água.
 
- A cada dia, 1.170 km³ de água evapora ou transpira para a atmosfera.
 
 
 



E o volume de água doce potável é ainda menor, então vá fechar suas torneiras.

Agradeçamos esta matéria a Carlos Michelli

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Charges que lavam a alma

Sponholz


Amarildo 



Aroeira

Sponholz


Aroeira


Clayton

Dalcio

Erasmo

Sponholz


Frank



Nani

Nani

Sponholz


Son Salvador

Sponholz

Amarildo





de todos nós

chargeonline  / http://www.sponholz.arq.br/index.html


quinta-feira, 4 de outubro de 2012

A hora da saideira

Transcrito do blog de Augusto Nunes


Por João Ubaldo Ribeiro

A hora da saideira
Na semana passada, li um artigo do professor Marco Antonio Villa, que não conheço pessoalmente, mostrando, em última análise, como a era Lula está passando, ou até já passou quase inteiramente, o que talvez venha a ser sublinhado pelos resultados das eleições. Achei-o muito oportuno e necessário, porque mostra algo que muita gente, inclusive os políticos não comprometidos diretamente com o ex-presidente, já está observando há algum tempo, mas ainda não juntou todos os indícios, nem traçou o panorama completo.



O PT que nós conhecíamos, de princípios bem definidos e inabaláveis e de uma postura ética quase santimonial, constituindo uma identidade clara, acabou de desaparecer depois da primeira posse do ex-presidente. Hoje sua identidade é a mesma de qualquer dos outros partidos brasileiros, todos peças da mesma máquina pervertida, sem perfil ideológico ou programático, declamando objetivos vagos e fáceis, tais como “vamos cuidar da população carente”, “investiremos em saneamento básico e saúde”, “levaremos educação a todos os brasileiros” e outras banalidades genéricas, com as quais todo mundo concorda sem nem pensar.

No terreno prático, a luta não é pelo bem público, nem para efetivamente mudar coisa alguma, mas para chegar ao poder pelo poder, não importando se com isso se incorre em traição a ideais antes apregoados com fervor e se celebram acordos interesseiros e indecentes.

A famosa governabilidade levou o PT, capitaneado por seu líder, a alianças, acordos e práticas veementemente condenadas e denunciadas por ele, antes de chegar ao poder. O “todo mundo faz” passou a ser explicação e justificativa para atos ilegítimos, ilegais ou indecorosos. 

O presidente, à testa de uma votação consagradora, não trouxe consigo a vontade de verdadeiramente realizar as reformas de que todos sabemos que o Brasil precisa ─ e o PT ostentava saber mais do que ninguém. No entanto, cadê reforma tributária, reforma política, reforma administrativa, cadê as antigas reformas de base, enfim? O ex-presidente não foi levado ao poder por uma revolução, mas num contexto democrático e teria de vencer sérios obstáculos para a consecução dessas reformas. Mas tais obstáculos sempre existem para quem pretende mudanças e, afinal, foi para isso que muitos de seus eleitores votaram nele.



O resultado logo se fez ver. Extinguiu-se a chama inovadora do PT, sobrou o lulismo. Mas que é o lulismo? A que corpo de ideias aderem aqueles que abraçam o lulismo? Que valores prezam, o que pretendem para o País, que programa ou filosofia de governo abraçam, que bandeiras desfraldam além do bolsa família (de cujo crescimento em número de beneficiados os governantes petistas se gabam, quando o lógico seria que se envergonhassem, pois esse número devia diminuir e não aumentar, se bolsa família realmente resolvesse alguma coisa) e de outras ações pontuais e quase de improviso?

É forçoso concluir que o lulismo não tem conteúdo, não é nada além do permanente empenho em manter o ex-presidente numa posição de poder e influência. O lulismo é Lula, o que ele fizer, o que quiser, o que preferir.

Isso não se sustenta, a não ser num regime totalitário ou de culto à personalidade semirreligioso. No momento em que o ex-presidente não for mais percebido como detentor de uma boa chave para posições de prestígio, seu abandono será crescente, pois nem mesmo implica renegar princípios ou ideais. 

Ele agora é político de um partido como qualquer outro e, se deixou alguma marca na vida política brasileira, esta terá sido, essencialmente, a tal “visão pragmática”, que na verdade consiste em fazer praticamente qualquer negócio para se sustentar no poder e que ele levou a extremos, principalmente considerando as longínquas raízes éticas do PT. Para não falar nas consequências do mensalão, cujo desenrolar ainda pode revelar muitas surpresas.

O lulismo, não o hoje desfigurado petismo, tem reagido, é natural. Os muitos que ainda se beneficiam dele obviamente não querem abdicar do que conquistaram. Mas encontram dificuldades em admitir que sua motivação é essa, fica meio chato. E não vêm obtendo muito êxito em seus esforços, porque apoiar o lulismo significa não apoiar nada, a não ser o próprio Lula e seu projeto pessoal de continuar mandando e, juntamente com seu círculo de acólitos, fazendo o que estiver de acordo com esse projeto. Chegam mesmo à esquisita alegação de que há um golpe em andamento, como se alguém estivesse sugerindo a deposição da presidente Dilma. Que golpe? Um processo legítimo, conduzido dentro dos limites institucionais? Então foi golpe o impeachment de Collor e haverá golpe sempre que um governante for legitimamente cassado? 

Os alarmes de golpe, parecendo tirados de um jornal de 30 ou 40 anos atrás, são um pseudoargumento patético e até suspeito, mesmo porque o ex-presidente não está ocupando nenhum cargo público.

É triste sair do poder, como se infere da resistência renhida, obstinada e muitas vezes melancólica que seus ocupantes opõem a deixar de exercê-lo. O poder político não é conferido por resultados de pesquisas de popularidade; deve-se, em nosso caso presente, aos resultados de eleições. O lulismo talvez acredite possuir alguma substância, mas os acontecimentos terminarão por evidenciar o oposto dessa presunção voluntarista.

Trata-se apenas de um homem ─ e de um homem cujas prioridades parecem encerrar-se nele mesmo. Mas sua saída de cena não deverá ser levada a cabo com resignação. Ele insistirá e talvez ainda o vejamos perder outra eleição em São Paulo. Não a do Haddad, que aparentemente já perdeu. Mas a dele mesmo, depois que o mundo der mais algumas voltas e ele quiser iniciar uma jornada de volta ao topo, com esse fito candidatando-se à Prefeitura de São Paulo.